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30 de out. de 2010

Atividade com Crônica (4)

Esta foi mais uma crônica desenvolvida com os alunos da 4ª série. Eles adoraram! Também, quem não se encanta diante da criatividade do autor ao revelar a idade do personagem principal!? Surpreendente até mesmo para os adultos. É uma crônica de Moacir Scliar baseada em uma notícia de jornal.
Tormento não tem idade


- Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.
- O que é que ele queria?
- Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
- E o que é que você disse?
- Disse que não sabia, mas que achava que você vai aceitar o convite.
- Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de casa.
- Mas, meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
- Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
- Claro que não. Mas...
- Mas o que, mamãe?
- Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
- Ah, é? E por quê?
- Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até tevê a cabo.
- Eu não gosto de tevê.
- O Jorge também disse que queria lhe mostrar uns desenhos que ele fez...
- Não estou interessado nos desenhos do Jorge.
- Bom, mas tem uma cosa...
- O que é mamãe?
- O Jorge tem uma irmã, você sabe. E a irmã do Jorge gosta muito de você. Ela mandou dizer que espera você lá.
- Não quero nada com a irmã do Jorge. É uma chata.
- Você vai fazer uma desfeita para a coitada...
- Não me importa. Assim ela aprende a não ser metida. De mais a mais você sabe que eu gosto da minha cama, do meu quarto. E, depois, teria de fazer uma maleta com pijama, essas coisas...
- Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho, você vai ver.
- Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe?Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?
- Esqueci mesmo. Desculpe, filho.
- Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem tem 50 anos tem o direito de passar a noite em casa com sua mãe, não é verdade?
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo. Global, 2001. p. 173-4)
Estudo do Texto
1. Na sua opinião, por que a mãe queria convencer o filho a dormir fora de casa?
2. Para tentar convencer o filho a dormir fora a mãe apresentou várias razões. Liste-as.
3. Se você fosse a mãe ou o pai, que argumentos usaria para convencer seu filho a dormir fora?
4. O que torna a história divertida?
5. O texto teria a mesma graça se o autor fizesse referência a uma criança?
6. Em que momento da história o leitor descobre que o filho vai fazer cinquenta anos?
7. Agora, leia um trecho do texto que serviu de inspiração para o autor Moacir Scliar:

Dormir fora de casa pode ser tormento


A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que chegam a passar mal só de pensar na idéia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto, dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança, não é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir que tem controle da situação” explica o psicanalista infantil Bernard Tanis, do Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança e novas situações geram ansiedade e angústia”., afirma.
(Folha de São Paulo, 30/08/2001)
a) Segundo o texto, são só as crianças que não gostam de dormir fora de casa?
b) Você gosta de dormir fora de casa? Por quê?
c) Na sua opinião, por que algumas pessoas têm medo de dormir fora de casa?
d) Ensaie com um colega um diálogo entre o pai ou a mãe e uma criança pedindo para dormir na casa de um amigo. Os pais não querem deixar... e vocês têm que convencê-los!

Será que este assunto pode virar crônica?

a) Conversar sobre as expressões: "vinte mil dólares", "biopirataria", "mercado internacional" e sobre o tráfico de animais e plantas.
b) A reportagem pode virar uma crônica?
c) Os alunos fazem sua produção de texto baseada no assunto da reportagem.


Atividade com Crônica (3)

O gênero crônica está sendo muito apreciado pelos alunos da 4ª série, especialmente na hora da produção de texto. Está sendo uma experiência muito enriquecedora. Esta semana, trabalhamos esta de Tatiana Belinky que conta a história de um periquito que uma família ganhou de presente. Inicialmente, foram propostas as leituras silenciosa e individual. Após, foi feita a leitura em voz alta (cada aluno lendo um parágrafo) com pequenas paradas para que os alunos tentassem antecipar o que viria a seguir.


Estudo do Texto
1. Você conhece alguma outra história com personagens chamados Romeu e Julieta?
2. Por que a autora deu o nome de Romeu e Julieta a essa crônica?
3. Pesquise o significado da palavra bucólico.
4. A rua onde você mora é bucólica? Justifique.
5. Por que a palavra Periquito aparece escrita com letra maiúscula?
6. Leia, novamente, no texto a parte que descreve o periquito. Responda:
a) O que é um tom-pastel?
b) Que outro siginificado da palavra pastel você conhece?
c) O que é uma cor azul-celeste?
7. No primeiro parágrafo aparece a expressão "de vez em sempre". O que isso quer dizer?
8. O que significa a expressão "dito e feito"?
9. Qual foi a surpresa das crianças um dia depois de a portinhola da gaiola ser aberta?
10. A expressão "adivinhem o quê" aparece no texto entre dois travessões. Você sabe por quê? A quem esse comentário é dirigido? Por que a autora usou esse recurso?
11. Você já sabe que qualquer assunto de nosso dia-a-dia pode virar uma crônica. O compositor e cantor Chico Buarque de Holanda fez uma música chamada Cotidiano. Leia uma estrofe da música e responda às questões.
"Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã..."
a) O que siginifica a palavra cotidiano?
b) O personagem da música parece satisfeito com seu cotidiano? Justifique.
12. Se você pudesse mudar algo em seu dia-a-dia, o que mudaria? Por quê?
13. Faça uma descrição de uma cena que acontece na sala de aula. Crie um título para a cena que você descreveu. Leia o título para os colegas para que eles tentem adivinhar a cena descrita.

Obs.: Ótimo momento para discussão sobre a criação de animais em cativeiro.

22 de out. de 2010

Atividade com Crônica (2)

PNEU FURADO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha. Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo "Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).

As atividades desenvolvidas foram semelhantes às realizadas com a crônica do mesmo autor, "A volta", a saber: identificação do tipo de autor, os elementos que conferem humor à narrativa , o tipo de linguagem, dentre outras.

PRODUÇÃO DE TEXTO
Leia a minicrônica.

Cadê Ramon?Foi só felicidade quando Ramon nasceu. Muitos foram visitar o lindobebezinho. Ele até apareceu na TV! Aliás, um meio de comunicação tãoinfluente não deixaria de lado um recém-nascido tão importante…Mas a mãe e o pai do pequeno Ramon o deixaram. O mundo o viae se preocupava com ele, mas os pais mal sabiam onde ele estava. “Vai ver também querem vê-lo pela TV, por isso a indiferença” — deduziramalgumas pessoas.E os pais desnaturados ganharam uma TV que só funcionava em ca-nais educativos (quem sabe não aprendiam a cuidar do filhote). Viam TVo dia todo. E até viram o filho lá. O pequeno orangotango estava famintono canto de uma jaula do zoológico. À sua frente — adivinhem —, osorangotangos-pais, encantados, vendo TV.Cristiane Maia. História baseada em notícia publicada na revista Zá, n. 30, mar.


Você e um colega irão escrever uma crônica ou minicrônica sobre
algum animal. Pode ser um fato real baseado em uma notícia ou,
então, uma história imaginada pela dupla.
Você e um colega vão escrever uma minicrônica ou crônica sobre um animal. Pode ser uma história baseada em um fato real ou imaginária conforme a imaginação de vocês. Fiquem atentos às características da crônica.

21 de out. de 2010

Atividade com Crônica

A crônica narra um fato do cotidiano, enolvendo  uma ou mais personagens. É um texto curto em que geralmente se utiliza uma linguagem simples, informal e descontraída. O narrador pode ser um personagem da história ou apenas observador.
A crônica geralmente expressa humor, isto é, algo cômico, engraçado, divertido. O humor pode ser produzido através de diversos elementos: coincidência não esclarecida, contraste, surpresa (algo inesperado) e outros.
Por sua temática e linguagem simples, é um texto que diverte e dá prazer. Trabalhamos esta durante esta semana.

Sugestões:
Fazer interrupções, durante a leitura, sugerindo que os alunos façam antecipações de fatos e inferências a partir das condições dadas no texto. Por exemplo: por que o homem teria voltado à cidade após tanto tempo? Depois da leitura, conversar sobre o desfecho da história e se eles conseguiram imaginar a situação.
Identificar o fato narrado na crônica e o tipo de narrador.
Fazer uma lista dos lugares característicos de cidades pequenas que são citados na crônica.
Fazer uma lista das situações que produzem humor na crônica.
Identificar no texto o uso da linguagem coloquial e o objetivo do autor ao utilizá-la.
Ler o poema abaixo e fazer uma lista de indicações usadas pelo autor para caracterizar a monotonia de uma cidade pequena.

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