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2 de abr. de 2010

Presidente Lula e ministro da Educação defendem Piso e Carreira na Conae

O presidente Lula anunciou que vai pessoalmente conversar com os governadores que não pagam o Piso Salarial Nacional dos profissionais de educação. Foi durante a Conferência Nacional de Educação (Conae). Numa defesa contundente de reivindicações históricas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Lula afirmou que “o casamento entre educação de qualidade e valorização do professor têm que ser indissolúvel”. O presidente lamentou que alguns estados ainda não paguem o Piso e se dispôs a falar com os governadores, atendendo a uma sugestão feita pelo ministro da educação, Fernando Haddad, também durante a Conae. “Terminou o tempo de tratar as professoras como normalistas ou professorinhas. Esse sonho acabou. Os professores tiveram a profissão sucateada e mal tratada. A remuneração faz parte da qualidade da educação e eu não me conformo que um Piso de R$ 1,020,00 é bom para um educador que toma conta de nossos filhos”, lamen tou o presidente. O ministro Haddad sugeriu ao presidente que adote em relação ao Piso a mesma postura que teve com o salário mínimo e “reúna governadores, prefeitos e entidades como a CNTE para fixar metas para recompor a remuneração dos educadores”, disse Haddad.
Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o fato de o presidente Lula ter se comprometido em conversar com os governadores demonstra a importância que o Piso tem. “O presidente reconheceu que os professores ganham mal. Ele se dispôs a construir um processo de debate e esse é um peso muito importante e eu espero que a gente consiga avançar na implantação efetiva do Piso”, afirmou.
Leão destacou que ainda há uma divergência entre os valores que o governo reconhece para o Piso (R$ 1,020,00) e o defendido pela CNTE (R$1,3 mil). “Mas isso faz part e do debate. Só não aceitamos desvincular o Piso do Fundeb. Mas a CNTE tem sempre disposição em discutir”, disse. O ministro Haddad lamentou que a baixa remuneração dos professores esteja afastando os jovens da carreira de magistério. “Se quisermos que a educação seja prioridade número um no país, temos que contar com o trabalhador em educação”, concluiu Haddad.

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