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16 de set. de 2015

Atividade do Projeto "Sujeitos que vão e que vêm"

No dia 15 de setembro, o 5º ano apresentou a peça teatral "O trânsito que queremos", de autoria do professor Rogério Trindade, para os alunos do 1º ao 5º ano. A atividade estava prevista no Projeto de Educação no Trânsito "Sujeitos que vão e que vêm".

Título: O trânsito que queremos
Autor: Rogério Trindade
PersonagensFada, Motoristas, Pedestre, Cadeirante, Policial, CTB, Semáforo, Semáforo de pedestres, Ciclista, Deficiente visual, Placa de pare, Crianças.

A peça começa com motoristas em movimento, bem como os outros personagens que tentam atravessar uma avenida. Som de barulho no trânsito como freadas, buzinas e batidas. Entra a fada.

Fada (indignada): Para... para tudo! Que confusão! Congela tudo! Eu não dou conta dessa bagunça! E olha que eu sou uma fada!
Motorista: É simples, minha senhora! Os carros são mais velozes! Então é mais justo deixá-los passar primeiro.
Criança de bicicleta: Nada disso! Bicicletas deveriam ter preferência e poderiam inclusive transitar pela calçada. Que problema há nisso?!
Pedestre: Ah é?! E o que será de nós que transitamos a pé? Seremos sempre as principais vítimas da irresponsabilidade dos condutores?
Cadeirante (acompanhado do deficiente visual): Pior para nós que temos de conviver com a pressa, o desrespeito e os obstáculos das calçadas e dos edifícios. Quando não são as cadeiras e mesas dos bares, são os entulhos das construções.
Fada (estressada): Chegaaaa! Cansei dessa bagunça. Eu sou fada dos contos! Já ajudei príncipes e princesas a serem felizes para sempre, mas dessa bagunça não dou conta sozinha! Quem vai me ajudar?!
Policial (entra apitando): Parou! Parou! Problema no trânsito?! É comigo! Desrespeitou a lei?! Desço a caneta. Até criança já sabe como se portar no trânsito. (Pega caneta e papel como que para multar. Entra um grupo de crianças que participam da primeira dança.)
Música: CLUBINHO SALVA VIDAS – EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WHnV9_SJhOI
Fada: Mas seu guarda, multas somente não vão ajudar. A vida pede mais que isso. As pessoas precisam aprender a respeitar o direito de ir e vir uma das outras.
Criança: Eu tenho o direito de ir e vir da escola em segurança...
Pedestre: Eu tenho o direito de ir e vir do trabalho com segurança...
Deficiente visual: Eu tenho o direito de ir e vir pelas ruas e calçadas em segurança...
Motorista: Eu tenho o direito de transitar pelas ruas, avenidas e rodovias em segurança...
Policial: Xiiii... Fadinha... (chama a Fada e cochicha. Depois fala): Este é o problema.  todo mundo se achando com muito direito...
Fadinha: Mas estão se esquecendo de que todos também têm deveres no trânsito!

Pedestre: Deveres?! Ih... me deixem fora disso! Já tenho tarefas demais para cumprir. Deveres são para os senhores condutores. Pode olhar no Código de Trânsito!
CTB (entrando): Olaaaaaá! Muito boa tarde! Ouvi meu nome. Muuuuuuuito bem, em que posso ajudar? Se o problema é no trânsito, então é comigo mesmo! Sou o Código de Trânsito Brasileiro!
Policial: Olá, senhor! É que tem gente aqui (faz sinal disfarçado para o Pedestre, o Motorista, o Ciclista) que acha que só tem direitos no trânsito.
CTB: Pooooois  muito enganado quem pensa assim. O Código (aponta para si) é para todos (aponta os outros) sem nenhuma distinção. É para quem anda a pé, de bicicleta, de moto, carroça, carro, ônibus ou caminhão. No trânsito, o mais importante não é o tipo de veículo. É a vida o mais importante.
Cadeirante: E onde entra o Poder Público nessa história? Ainda há calçadas sem rampas e esburacadas. Sobra só para nós essa coisa de direitos e deveres?
CTB: Muito bem lembrado, senhorita! Nossos governantes têm de ser acionados também. Manter semáforos, sinalizações e faixas de pedestres eles podem muito bem. Cadeiras e produtos nas calçadas são coisas que não convém!
Semáforo (entrando nesse momento junto com o Semáforo de pedestre): IuhuuuuuuTava ali de espreita esperando ouvir meu nome. Tamo junto nessa história de respeito no trânsito. Deixar ir e vir é comigo e meu mano aqui (aponta o semáforo para pedestre).
Semáforo de pedestre: É, mas de nada adianta a gente estar lá bonitinhos piscando e alertando se tem gente atrevida que vai logo atravessando. Será que vamos ter de aprender a falar?
Semáforo: Toca aqui, brother! Mandou bem. Tem gente que até nos xinga achando-nos lerdos demais. Não sabem que no trânsito a calma e a harmonia nunca são demais.
Fada: Legal... legal... acho que vamos chegar a um acordo. Mas, junto de vocês dois não está faltando alguém?!
Faixa (já gritando de longe): Aquiiiiiii! (Entra cansada.) Ufa! Cheguei. A cidade está muito movimentada então tive que esperar uma multidão passar. Mas vale a pena. Eu, listradinha da Silva, toda esparramada vendo todos em segurança atravessar. (Dançam juntos a Fada, o Policial, a Faixa e os dois Semáforos e um grupo de crianças que entram.)
Música: CRIANÇA VÊ, CRIANÇA FAZ NO TRÂNSITO TAMBÉM – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ddLJaRA_NDo
Placa de Pare (gritando de longe): Parem! Stop! Esperem! Vim representar as minhas amigas as placas. Não puderam vir as coitadas. Já imaginou se viessem todas?! Que bagunça ficaria o trânsito!
Motorista: Já está passando da minha hora! Vamos deixar de blá blá blá. A que conclusão devemos chegar?
Faixa: Conclusão?! Eu tenho uma: faixa de segurança não é lugar de veículo parar. Fui feita para as pessoas. Mas tem condutor que não sabe respeitar. Param sobre mim e os pedestres têm que se virar! Isso não é legal!
Placa de Pare: Parem! Stop! Esperem! Acabei de chegar! Deixem da conversa eu também participar!
Deficiente visual: Estamos falando do direito de ir e vir. Mas já chegamos a uma conclusão: no trânsito temos direitos, mas todos também temos deveres.
Placa de Pare: Sim, o direito de ir e vir com segurança... Desse, eu entendo bem! Aliás, se em cada esquina todos me obedecessem, muitos acidentes seriam evitados.
Cadeirante: Não basta termos um conjunto de leis e de sinalização eficientes. Precisamos de cidadãos mais conscientes. Cidadãos que saibam lutar pelos seus direitos, mas que também respeitem os dos outros.
Pedestre: Ah ta! E eu, cidadã, que pago meus impostos em dia e quase não tenho tempo... o que faço? Vou voltar pra escola?
Fada: Todos podem ajudar. O exemplo já é um bom começo. Respeitem a lei e a sinalização, assim estarão respeitando o direito do próximo também.
Policial: Viram só?! A paz no trânsito é possível. Só que precisa ser construída coletivamente. Precisamos envolver todos: autoridades, comerciantes, moradores, condutores, pedestres... Ninguém pode ficar de fora dessa.
Criança de bicicleta: Eu posso começar pelo meu bairro. Vou falar com meus amigos que devemos escolher locais apropriados para andar de bike. Nas calçadas é que não dá. Já vi que alguém pode se machucar!
Cadeirante: Eu vou procurar a Associação do meu bairro. Juntos podemos cobrar da prefeitura e dos vereadores leis e ações que favoreçam o nosso direito de ir e vir.
Fada: Bom... o papo está muito bom, mas acho que já posso voltar para os meus contos de fadas. Tem muita princesa e príncipe para ajudar. Eu já vi que no trânsito não precisamos de magia. Precisamos de respeito. Tchau amiguinhos!
Policial: Espera aí, dona Fada! Me ajuda a colocar as coisas no lugar. (Policial e Fada passam a ajeitar os personagens no lugar que já se preparam para a última dança.)
CTB: Agora que todos já sabem de sua importância no trânsito, fico mais sossegado. Nós somos o trânsito que queremos. Vamos todos em paz com esse pensamento: ir e vir com segurança é um direito de todos.
(Todos dançam juntos.)
Música: O TRÂNSITO É MEU, É SEU, NOSSO TAMBÉM – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7xBIvWzbpew



28 de mar. de 2014

PEÇA TEATRAL "CONSTRUINDO A LIBERDADE" TEMAS: CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014 (FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO), DIA MUNDIAL DA ÁGUA E PREVENÇÃO À DENGUE

PEÇA APRESENTADA NA E. M. DR. VIRIATO DINIZ MASCARENHAS, NO DIA 27 DE MARÇO, PELOS ALUNOS DO 5º ANO.
AUTOR: ROGÉRIO DA FONSECA TRINDADE
CENÁRIO: Uma fazenda de cana, a Fazenda BURRADA, com árvores e canavial. Coronel Pafúncio está na varanda da casa. Rosinha, a filha, numa mesa ao lado. Um córrego à frente (criança vestida de córrego). 

NARRADOR: ___ Coronel Pafúncio era o fazendeiro mais rico daquela região. Vivia numa fazenda muito grande com sua filha Rosinha, já que era viúvo. A Fazenda Burrada, onde se plantava cana, prosperava cada vez mais, mas ao seu redor o que se via era muita pobreza. Os trabalhadores moravam em casinhas bem pobres e não iam nem à cidade, a não ser que fosse muito necessário. Rosinha, que era professora (em uma mesa preparando aulas), tinha um bom coração e tentava ajudar as crianças e suas famílias, mas seu pai não gostava de seus palpites em defesa dos trabalhadores.

ROSINHA: (Com paciência) ___ Papai, não é justo que essa fazenda cresça cada vez mais rodeada pela pobreza! Pague um salário mais justo aos trabalhadores!
CORONEL: ___ Rosinha, minha filha, eu já falei que desse assunto cuido eu. Você já me fez construir uma escola pra esse povo. Então, vá dar sua aula!!! (Fala, ríspido)
ROSINHA (impaciente): ___ Salário digno e boas condições de trabalho são direitos do trabalhador, papai!
CORONEL: ___ Eu num obrigo ninguém a ficar aqui na fazenda. Quem quiser, que vá embora!!! (Fala alto. Rosinha volta para suas atividades.)
CAPATAZ (Entra apavorado): ___ Coroné! Coroné! (Tira o chapéu ao ficar de frente para o Coronel) Chegaro! Chegaro! (Coronel faz sinal pra ele parar. Rosinha sai, fazendo sinal negativo com a cabeça.)
CAPATAZ( Depois que ela sai.): ___ Um caminhão cheinho deles. Viero lá das bandas do Norte. Mando direto pro trabaio?
CORONEL (Na dúvida): ___ Deixa eu ver essa gente. Tomara que prestem pra trabaiar mesmo. O plantio tá atrasado. (Vão até a varanda. O caminhão para de frente com os trabalhadores. O coronel faz sinal positivo com a cabeça.)
CORONEL (Batendo nos ombros do capataz. Depois sai.): ___ Bão trabaio!!! Pode leva-los. (O capataz faz sinal para os trabalhadores acompanharem-no. Vão até a mercearia onde se lê: MERCEARIA DA BURRADA.)
VENDEDOR: ___ Sejam bem-vindos, pessoal! Vamos pegar os mantimentos pro mês. O Coronel é exigente. Todo mundo tem que acertar as contas assim que receber o salário. (Os trabalhadores pegam os mantimentos, enquanto o vendedor vai anotando.)
CAPATAZ (Para os trabalhadores.): ___ Vambora, pessoa! Vão guardar suas coisas que amanhã é dia de trabalho. (Saem.)

NARRADOR: Aquela pobre gente chegou à fazenda acreditando numa vida melhor. Vieram se juntar a outros que já estavam ali. Mas a promessa de emprego poderia ser uma cilada. Rosinha continuava seu trabalho com as crianças e elas cresciam com seus ensinamentos. A professora acreditava que se elas estudassem teriam uma vida melhor que a dos pais.

(Rosinha entra seguida dos alunos. Eles param em 2 filas.)
ROSINHA (Para as crianças.) ___ Então, crianças, aprendemos na aula de ontem que moramos num planeta chamado Terra, mas que tem a maior parte de água. Mas apenas uma pequena parte dela está disponível para nossas atividades. Então, temos que preservá-la. Me mostrem o que prepararam sobre esse assunto. (AS CRIANÇAS APRESENTAM UMA EXPRESSÃO CORPORAL SOBRE A ÁGUA.) Sanráh   Música Água.avi

NARRADOR: Vários meses se passaram. Os trabalhadores, aos poucos, foram percebendo e sentindo as reais intenções do Coronel.

CAPATAZ (Entra correndo.): ___ Coroné, acabou o espaço!
CORONEL (Sem entender.): ___ Que espaço, home de Deus?
CAPATAZ: ___ O espaço para plantar a cana. Tem muita muda ainda, mas a terra acabou!
CORONEL (Pensativo, olha as árvores ao redor.): ___ Não sei pra quê tanta arvre. Chama os home e manda derrubar (aponta as árvores). Vamos aproveitar e fazer carvão com a madeira. Quer saber? Manda as criança ajudá também.
CAPATAZ (Saindo.): ___ Tá bom!
ROSINHA (Entrando, sem acreditar no que ouviu.) ___ Como é que é, papai? Eu ouvi direito? Vai colocar as crianças pra trabalhar? E a escola?
CORONEL (Com raiva.): ___ Pra quê escola aqui no meio do mato? Elas tem que ajudar os pai sim. Aqui, nas minha terra, ninguém fica sem trabaiar.
(Rosinha vai para sua mesa, emburrada. Volta o capataz com os trabalhadores, algumas crianças. Se põem a cortar as árvores com machados.) Canto dos Escravos   Grupo Ecco
 EXPRESSÃO CORPORAL:  Zé Ramalho   Admirável Gado Novo

(Coronel se senta, admirando a fazenda depois que eles saem. Capataz está junto dele. A criança que faz a água se enrosca de modo a virar apenas um poço.)

NARRADOR: ___ É... pelo visto a situação dos trabalhadores não era boa por aquelas bandas. Mas a coisa ainda podia piorar. Vejam só...

(Entram três trabalhadores que tiram os chapéus em frente ao Coronel.)
1º TRABALHADOR (Tímido.): ___ Dia, Coroné... Com sua licença... É... o Coroné sabe que a situação não tá fácil...
CAPATAZ (Se intrometendo.): ___ Desembucha logo que tem serviço esperando ocês!
2º TRABALHADOR: ___ Coroné, o caso é que nóis tá trabaiando aqui há dois meses e tamo sem salário.
CORONEL (De forma áspera.): ___ Por acaso oceis tão passando fome? Têm casa, água e luz de graça! O que mais querem?
3º TRABALHADOR: ___ Com seu respeito, Coroné, queremos nossos direitos! Temos que receber pelo nosso trabaio.
CORONEL (Com raiva.): ___ Quer saber de uma coisa? Quem não tiver satisfeito aqui, pode ir embora!
CAPATAZ (Mais uma vez, se intrometendo.): ___ É, mas antes tem que pagar tudo que deve lá na Mercearia do Coroné. (Os trabalhadores se entreolham e saem cabisbaixos. Rosinha fica sem acreditar no que vê.) Canto dos Escravos   Grupo Ecco

NARRADOR: O Coronel Pafúncio era mesmo um homem muito duro. Ficava cada vez mais rico, enquanto seus trabalhadores se empobreciam cada vez mais. Para piorar a situação, com o corte das árvores, a água, que antes era abundante, começou a faltar. O córrego agora era formado de apenas alguns poços. As pessoas começaram, então, a armazenar água em casa, usando baldes, tambores... enfim, tudo que pudesse guardar água.

(Entram dois empregados com baldes. Atrás de cada um, um mosquito da dengue que ficam lá no fundo.)
EMPREGADO: ___ Coroné, parece que passou um trator em cima do povo. Muitos estão doentes e mal conseguem levantar.
ROSINHA (Preocupada.): ___ O que aconteceu? Explica direito!
EMPREGADO: ___ Eles reclamam de dores pelo corpo, dor de cabeça, febre...
CORONEL (Cortando.): ___ Eles estão é fazendo corpo mole pra não trabalhar. Conheço essa gente!
ROSINHA: ___ Não, papai! Esses sintomas são da dengue. Com tanta gente guardando água em casa pode ser que o mosquito da dengue esteja por aí. Vou dar uma olhada. (Saem Rosinha e os dois empregados.)

NARRADOR: __ Rosinha tinha certeza de que era a dengue. As crianças já tinham dado notícias na escola. Discutir com o pai não adiantava, mas, Rosinha saiu dali com uma ideia na cabeça.
(O Coronel fica cochilando por ali. Aparecem os mosquitos que voam ao seu redor como num pesadelo. Dançam a Música:
Encontrei uma casinha... nha...
Bem descuidada... da... pra morar... rá... rá...
Lá no quintal... tal... tal... tem vasilhinha... nha...
Pra botar... pra botar os meus ovinhos.

Encontrei água parada...da...
E agora... ra... vou picar... cá... cá...
O seu bracinho... nho... ou sua perninha... nha...
Vou te picar... vou te picar... e a dengue te passar.)

MOSQUITO 1: ___ Pensou que ficaria livre de nós se escondendo atrás de sua riqueza?
MOSQUITO 2: ___ Nós pegamos qualquer um: rico ou pobre, preto ou branco, gordo ou magro. Facilitou a gente pica!
MOSQUITO 1: ___ Basta deixar a água parada que vimos botar nossos ovos!
MOSQUITO 2: ___ Nós sempre vamos encontrar uma aguinha parada. Não precisa ser muito. Pode ser um balde, um tambor, uma lata e até uma tampinha. Tem sempre alguém descuidado pra nos dar uma ajudinha.
OS DOIS MOSQUITOS (Para o público): ___ Se você também quer nos dar uma ajudinha, então deixe a água parada que vimos depressinha!
(Os mosquitos voltam aos seus lugares. Coronel se ajeita na cadeira, como acordando de um pesadelo. Entra Rosinha com seus alunos.)
TODAS AS CRIANÇAS (Para o Coronel.): ___ Bom dia, Sr. Coronel Pafúncio!!!
CORONEL (Muito mal humorado.): ___ Bom dia só se for proceis. Que bom dia que nada! É um pesadelo atrás do outro. O córrego está secando e agora essa dengue que não deixa o povo trabaiar. Quê que tem de bom dia nisso?!
ALUNO 1: ___ Coronel, quem sabe podemos ajudar?
ALUNO 2: ___ Primeiro, Coronel, é preciso recuperar a nascente. Vamos substituir as árvores que foram derrubadas ao longo do córrego. Elas protegerão a água e evitarão a erosão do solo que pode entupir o córrego. Além disso, vão melhorar o clima por aqui.
ALUNO 3: ___ Com relação à dengue, já sabemos o que fazer, mas todo mundo vai ter que ajudar. Vamos ensinar a todos que não devemos deixar a água acumulada onde o mosquito possa botar seus ovos. Vamos fazer um mutirão de limpeza e acabar com os criadouros desse bichinho.
ALUNO 4: ___ Nós vamos conscientizar as pessoas. Temos certeza que elas vão colaborar nessas duas missões: cuidar bem da água e com a dengue acabar.
CORONEL (Abraçando a filha.): ___ Nossa, minha filha, que crianças inteligentes e espertas. O lugar delas é mesmo na escola. Você estava certa!
ALUNO 5: ___ Coronel, pra começar, queremos deixar aqui este cartaz que fala da construção da liberdade onde ainda há tráfico humano. Temos certeza de que com boa vontade de todos, podemos melhorar o mundo inteiro. (Entrega o cartaz da CF 2014 ao Coronel. Crianças e professora vão fazendo o reflorestamento e tampando as vasilhas. Mosquitos se mudam de lugar.) Depende de nós

NARRADOR: A partir daquele dia, as coisas começaram a mudar na Fazenda Burrada. Com o tempo, o córrego foi recuperado e a dengue foi vencida. Graças às crianças da professora Rosinha e um certo cartaz que foi entregue ao Coronel naquele dia.

CORONEL (Gritando.): ___ Justino! (Ele vem correndo.) Vá chamar o pessoal. Vamos pagar os salários atrasados e pagá-los melhor. Quem quiser ficar será bem tratado, mas quem quiser  embora pode ir. (Justino sai. O Coronel afixa o cartaz de frente para o público. Também prega uma nova placa com o novo nome da fazenda: FAZENDA LIBERDADE.)

MENSAGEM COM A MÚSICA ACIMA AO FUNDO.
Esperamos que tenham gostado da nossa apresentação. Esperamos, também, que todos tenham entendido a importância da luta de todos nós para a preservação da água, evitando o desmatamento, para a erradicação da dengue, evitando a água parada e os possíveis criadouros do mosquito, e, por fim, para acabar com toda e qualquer forma de tráfico humano e de escravidão, através de ações que ajudem na libertação do ser humano como a educação e a promoção da paz. Por falar em liberdade, quanto custa a liberdade para você? Você se acha uma pessoa livre? Como você faz para conquistar sua liberdade? Deixaremos a nossa mensagem final através de mais uma expressão corporal. Obrigado a todos pela atenção!






8 de set. de 2013

Os Contos e a nossa Diversidade Cultural

Ainda com foco no trabalho envolvendo as raízes de nossa cultura, a turma do 5º Ano do professor Rogério Trindade apresentou durante a Feira Cultural da Escola Dr. Viriato a dramatização de três contos de origem indígena, portuguesa e africana, respectivamente. Abaixo, transcrevo os contos e apresento as máscaras utilizadas para caracterizar os personagens.
O roubo do fogo (Antonieta Dias de Moraes) – Lenda Indígena
Há muito tempo atrás, a terra era de todos, mas o fogo, não. O fogo possuía um dono. O dono do fogo era o Urubu. Para o Urubu não esfriar, ele  trazia o fogo sempre escondido debaixo das asas.(Entra o Urubu com o fogo debaixo do braço.)
Baíra, observando que naquele tempo os índios secavam os alimentos ao sol, resolveu roubar o fogo para que eles pudessem cozinhar sua comida.
Baíra era muito inteligente. Sabia muitas coisas. Falavam que foi ele que ensinou os Parintintim
a caçar passarinhos com visgo … Também os ensinou a usar o sangab, uma espécie de peixe fingido, para retirar os peixes de verdade.
Certo dia, o jovem índio Baíra falou:
―Por que o fogo tem que ter dono? O fogo deve ser de todos! A água tem dono? Não tem. O sol tem dono? Não tem. A terra tem dono? Não tem. E as plantas tem dono? Não tem. Então por que o fogo há de ter dono? Não pode! O fogo tem que ser de todos.
Baíra então planejou roubar o fogo do Urubu. Entrou no mato, se cobriu de folhas e de cupins, depois se deitou no chão, sem se mexer, fingindo-se de morto.
Dali a pouco ouviu um zumbido. 
Era a mosca azul. Ela examinou o defunto falso e em seguida saiu em disparada para o céu.
O Urubu veio logo... Não perdeu tempo, trouxe o fogo debaixo das asas. Amigos e familiares o acompanhavam. Segundo os índios, na época, Urubu era como gente: tinha mãos e tudo. Mesmo morando no céu, comia carniça como hoje. Com as mãos preparava o moquém, uma grelha feita de varas que servia para assar e defumar a carne e o peixe.
Ele preparou o moquém e colocou o fogo embaixo. Soprou, soprou deixando o fogo bastante vermelho e muito quente.  Baíra não se mexia, porém abria um dos olhos e espiava, espiava, para aprender a mexer com o fogo. Quando estava aceso, o Urubu chamou os filhos para olharem o fogo.
..
De repente,  Baíra mexeu-se, sem querer. Os filhos de Urubu olharam o fogo e avisaram:
―Papai o homem se mexeu!
Urubu não acreditou e mandou os filhos caçarem moscas azuis, com as flechinhas que havia lhes dado. Os pequenos se distraíram  caçando moscas e esqueceram o fogo.
Baíra se levantou, de repente, e roubou o fogo. Na mesma hora ele fugiu.
O Urubu, ao ver aquilo, avisou sua gente. Foram todos juntos à procura do ladrão. Baíra escondeu-se no oco de uma árvore. O Urubu e sua gente  também tentou entrar no oco do pau. Para escapulir, Baíra saiu pelo outro lado e entrou em um matagal que havia por perto.
Urubu fracassou, devido as asas que o atrapalhava. Foi desta forma que Baíra pode fugir e encontrar a margem de um rio muito largo.
.. Do lado de lá estava todo o seu povo, a tribo dos Parintintins, mas o rio era tão largo que ele não podia atravessar.
Queria entregar o fogo mas o rio o separava. Chamou a cobra surradeira, uma espécie de cobra que corre muito e falou:
―Aqui está o fogo. É necessário levá-lo para minha gente que fica do outro lado do rio. Vá rápido, para que o fogo não apague.
Colocou o fogo aceso nas costas da surradeira, e ordenou que levasse através da água. A cobra, ouvindo a ordem de Baíra, partiu rápido, mas infelizmente não chegou ao lado oposto.
Baíra puxou o fogo com uma vara, que tinha a ponta em gancho, e chamou o camarão. O camarão chegou até o meio do rio, mas, não suportando o calor, virou camarão cozido e ficou vermelho, e assim é até hoje.
Baíra puxou o fogo com a vara novamente, e chamou o caranguejo. Depois, disse de si para si:
“O caranguejo, sim, é que vai levar o fogo para meu povo”.
Mas o caranguejo não suportou o calor e, chegando ao meio do rio, ficou todo vermelho como é até hoje.
Baíra não desistiu. Puxou o fogo para si e colocou às costas de uma saracura.

―Vou levar o fogo a sua gente do outro lado do rio.
A saracura partiu em disparada, quase sem roçar a água, mas não teve tempo de alcançar o outro lado. Nem sentiu o calor do fogo nas costas  e começou a gritar:
―Não pode ! Socorro! Socorro!
Baíra pegou o fogo e chamou o sapo-cururu.
.. Este pegou o fogo e...pula-que-pula,nada-que-nada foi levando-o para os parintintim, que aguardavam na margem oposta . Chegou pertinho, mas estava exausto, não conseguia sair da água. Os índios levaram-no para a terra, e pegaram o fogo.
Feito isso, Baíra apertou o rio e o fez estreitar-se como um riacho. Deu um salto e chegou à margem oposta facilmente. Encontrou o seu povo, que festejou a façanha do herói durante uma semana, com festas e danças.
A partir daquele dia, graças a Baíra, os Parintins conheceram o fogo. Puderam assar o peixe e a caça no moquém.
Cururu, o sapo,  por ter levado o fogo virou o pajé. (Os índios colocam o cocar no sapo.) Por isso é chamado “ladrão do fogo”, e pode comer o foguinho dos vaga-lumes sem se queimar.
Mas, quando faz frio, não há fogo que o aqueça. Aí, ele se recorda do fogo de verdade, e canta assim: "Sapo Cururu na beira do rio..."

A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO – Conto Português
Um homem tinha muitos filhos e todos os homens daquele lugar já eram seus compadres.
A mulher ficou grávida outra vez e estava pronta  para dar a luz. O homem, que não queria pedir a mais ninguém, saiu de casa para encontrar um padrinho para o menino. 
Encontrou no caminho um homem muito desfigurado, que lhe perguntou aonde ele ia.
Ele contou-lhe, e o homem disse-lhe que voltasse para trás, que ele seria o  padrinho da criança. Assim foi.
Quando acabou o batizado, o homem disse:
— Compadre, repare bem para mim, para me conhecer onde quer que me encontrar. Eu sou a Morte. Tu muda de casa e faz-te médico, que hás-de ganhar muito dinheiro. Em tu me vendo aos pés da cama de qualquer doente, é porque ele escapa. Em tu me vendo à cabeceira, é porque ele morre. 
O homem assim fez; começou a ter muita fama e ganhava muito dinheiro e já estava muito rico mais os filhos.
Num dia a Morte chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
— Bem, agora já te fiz rico, mas hoje chegou a tua vez e venho matar-te.
O homem pediu muito que o deixasse viver mais um ano.
A Morte consentiu.
O homem então mandou fazer uma torre de bronze, com as paredes muito grossas, para a Morte lá não entrar.
Quando o ano estava quase a acabar, ele mandou fazer um anel de ouro, meteu-o no dedo e fechou-se na torre.
Estava lá a descansar junto à família, e apareceu-lhe a Morte ao pé dele.
Ele, muito assustado, perguntou-lhe:
— Ó comadre Morte, tu por onde é que entraste?
A Morte disse que pelo buraco da fechadura.
Ele então disse-lhe:
— Já que tu te meteste pelo buraco da fechadura, hás-de meter-se pelo buraco desta cabaça.
A Morte meteu-se e ele tapou a cabaça com uma rolha e disse à Morte:
— Agora sai daí para fora se és capaz.
A Morte disse-lhe:
— Ó compadre, pois eu fiz-te tanto benefício, e tu agora queres-me aqui deixar dentro desta cabaça? Tira-me a rolha, que eu não te faço mal.
O homem tomou a perguntar-lhe se ela não lhe fazia mal. A Morte disse que não.
Ele destapou a cabaça e, ao tempo que destapou, caiu, mas não morto, e a Morte roubou-lhe o anel. Ele disse:
— Ó comadre, então tu prometeste-me que não me matavas, e agora queres-me matar. Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso pela minha alma.
A Morte consentiu. Ele o que fez?
Começou a rezar o Padre-Nosso até ao meio e depois tornava a começar. De modo que a Morte não o podia matar.
O homem então saiu da torre e começou outra vez na sua vida.
Um dia andava ele à caça e a Morte fingiu-se de morta no meio do monte.
O homem chegou e, julgando que era um homem morto, disse:
— Ah! Pobre homem, quem te matou? Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso pela tua alma.
Rezou, mas ao tempo que acabou, a Morte levantou-se e matou-o. 

POR QUE O MORCEGO SÓ VOA À NOITE – CONTO AFRICANO
Há muito e muito tempo houve uma tremenda guerra entre as aves e o restante dos animais que povoa as florestas, savanas e montanhas africanas.
Naquela época, o morcego, esse estranho bicho, de corpo semelhante ao do rato, mas provido de poderosas asas, levava uma vida mansa voando de dia entre as enormes e frondosas árvores à cata de insetos e frutas.
Uma tarde, (...) foi despertado pelos trinados aflitos de um passarinho:
(Passarinho) - Atenção, todas as aves! Foi declarada a guerra aos 
quadrúpedes . Todos que têm asas e sabem voar devem se unir na luta contra os bichos que andam no chão.
O morcego ainda estava se refazendo do susto, quando uma hiena passou correndo e uivando aos quatro ventos: 
(Hiena) _ Vamos todos os quadrúpedes vencer esta batalha!
(Morcego) - E agora? Eu não sou uma coisa nem outra.
Indeciso, não sabendo a quem apoiar, resolveu aguardar o resultado da luta:
(Morcego) - Eu é que não sou bobo. Vou me apresentar ao lado que estiver vencendo.
Dias depois, escondido entre as folhagens, viu um bando de animais fugindo em carreira desabalada, perseguidos por uma multidão de aves que distribuíam bicadas a torto e a direito. Os donos de asas estavam vencendo a batalha e, por isso, ele voou para se juntar às tropas aladas.
Uma águia gigantesca, ao ver aquele rato com asas, perguntou:
(Águia) - O que você está fazendo aqui?
(Morcego) - Não está vendo que sou um dos seus? Veja!  Vim o mais rápido que pude para me alistar.
(Águia) - Oh queira me desculpar . Seja bem-vindo à nossa vitoriosa esquadrilha.
Na manhã seguinte, os animais terrestres, reforçados por uma manada de elefantes, reiniciaram a luta e derrotaram as aves, espalhando penas para tudo quanto era lado.
O morcego, na mesma hora, fechou as asas e foi correndo se unir ao exército vencedor.
(Leão) - Quem é você?
(Morcego) - Um bicho de quatro patas como Vossa Majestade.
(Elefante) - E essas asas? Deve ser um espião. Fora daqui!
O morcego, rejeitado pelos dois lados, não teve outra solução passou a viver isolado de todo mundo, escondido durante o dia em cavernas e lugares escuros.
É por isso que até hoje ele só voa de noite.
*Obs.: Algumas modificações foram feitas nos textos para melhorar a dinâmica das apresentações, bem como foi criada uma trilha sonora com efeitos especiais.






8 de jun. de 2011

TEATRO : A Revolta dos Livrinhos

Mais um momento importante foi realizado na nossa escola.
Os alunos apresentaram uma bela peça teatral sobre a importância dos livros no processo da aprendizagem e através do teatro as crianças perceberam que por meio da leitura eles também podem se divertir.

8 de mai. de 2011

Escola Dr. Viriato homenageia suas mães

Na manhã deste último sábado, dia 7 de maio, alunos e professores da E. M. Dr. Viriato homenagearam suas mães com belas apresentações artísticas. Foram apresentadas danças e peça teatral em homenagem àquelas que nos deram a vida e que continuam zelando por nossos passos. Os números artísticos foram carinhosamente preparados por alunos e professores. Foi uma manhã maravilhosa que, com certeza, emocionou a todos os presentes. Parabéns a todos que se dedicaram à preparação de tão merecida homenagem.
Os alunos do 5º Ano do Prof. Rogério apresentaram a peça teatral "Lugarzinho especial pra mamãe", especialmente escrita para este evento e que é compartilhada abaixo.
Um lugarzinho especial pra mamãe
(Sr. Alfredo está assentado à sua mesa onde se lê a placa chefe e se encontra um telefone. Coça a cabeça, coloca a cabeça entre as mãos e chama pela Secretária. Soraia se encontra também em uma mesa debruçada sobre uns papéis. Está angustiada.)
SR. ALFREDO: __Soraia!!! Soraia!!!
(Ela chega até ele apressada.)
SORAIA: __ Sim, seu Alfredo!
SR. ALFREDO (nervoso): __ Soraia, o que está acontecendo? Parece que desaprendeu a trabalhar. Nos últimos dias não tem produzido muita coisa... e, olha este relatório(mostra os papéis)... está todo incompleto!
SORAIA(de cabeça baixa): __ Desculpa, seu Alfredo! Vou me esforçar e ter mais atenção. Preciso do emprego e vou melhorar.
SR. ALFREDO(ainda nervoso, mandando-a embora com as mãos): __ Sei que tens muitos filhos e precisa do emprego. Mas aqui não é casa de caridade. Agora vá. Já está na hora de ir embora mesmo. Mas na segunda quero esse relatório pronto!
MÚSICA TRISTE
(Seu Alfredo também sai. Soraia sai pelas escadas da direita e atravessa em frente ao palco, sua bolsa debaixo do braço e muito triste. Assume a mesa do Sr. Alfredo, a Diretora da escola. Ela vira a placa de CHEFE e atrás se lê DIRETORA).
(Soraia entra em casa pelas escadas da esquerda. Se depara com brinquedos espalhados pela casa. Com expressão de tristeza, cata-os e vai jogando em uma caixa.)
DIMINUI MÚSICA TRISTE ATÉ DESLIGAR.
(Barulho de crianças voltando da escola. Ela ainda os recebe com um sorriso no rosto, tentando esconder sua tristeza.)
FILHOS(juntos): __ A bênção mãe!
SORAIA(estende a mão sobre todos eles): __ Deus abençoe todos vocês! Agora vão tirar o uniforme que vou terminar de preparar o jantar. O pai de vocês está para chegar.
JULIANA: __Mãe, a Júlia aprontou na escola de novo. A Diretora disse que vai te chamar lá.
SORAIA (triste): __ Mais essa agora! Vão pro quarto. E não deixem brinquedos espalhados que tive de catar todos!
(Os filhos vão pro quarto. Se sentam ao redor da caixa e brincam. Assim que eles saem, o celular da mãe toca. É a Diretora da escola ligando. Soraia atende.)
SORAIA: __ Alô!!!
DIRETORA: __ Dona Soraia, aqui é a diretora da escola do Júnior. Precisamos conversar sobre o comportamento dele.
SORAIA (desanimada): __ O que ele fez dessa vez? Só este ano já fui chamada quatro vezes aí na escola!
DIRETORA: __ Ele tem se mostrado muito agressivo e não quer participar das atividades. Pelo bem dele, preciso que a senhora esteja aqui na segunda, às 16 horas. Sei que é muito ocupada, mas tem que arranjar um tempo. Um bom fim de semana pra senhora.
SORAIA: __ Pra senhora também. Estarei aí na segunda.
(Quando Soraia vai se virar pro fogão, o marido chega.)
RICARDO: __ Oi, amor! O jantar tá pronto?
SORAIA: __ Ainda não. Acabei de chegar. A diretora da Escola ligou de novo.
RICARDO: __ Já sei. A Júlia aprontou mais uma. A quem me saiu esta garota? Eu era tão bom na escola! Bom, segunda você vai lá e vê o que aconteceu. Vou dar uma volta com eles até o jantar ficar pronto. Crianças, vamos dar uma volta por aí?
FILHOS (juntos): __ Vamos, papai!

MÚSICA DO ANJO
(Saem. Soraia se vê sozinha.Senta e põe o rosto entre as mãos como que a chorar. Aparece o ANJO.)
DIMINUI MÚSICA DO ANJO
ANJO (levantando o rosto dela): __ Por que choras, mulher? Deus prefere te ver sorrindo.
SORAIA (assustada): __ Agora estou vendo coisas. Não estou mesmo bem.

ANJO (impaciente): __ Não é hora de dar piti. Vamos, diga: o que te atormenta?
SORAIA (também impaciente): __ Ora, não és um anjo? Então, tu não vês que o mundo vive desabando aos meus pés? Trabalho acumulando, chefe no meu pé, cuidar das tarefas da casa, pensar na escola dos filhos... Muita coisa na minha cabeça. Não deveria mesmo estar amargurada?
ANJO: __ Mulher, o que você faz pode não ser reconhecido por todos, mas aos olhos do Pai você é co-autora do mundo. Ele poderia ter tomado conta de tudo sozinho, mas preferiu contar com você. É por isso que ensinou todos a te chamar de mãe. Ele nunca te abandona. Estará sempre a teu lado te dando força. Não te atormentes mais e fica em paz.
MÚSICA DO ANJO AUMENTA
(O anjo sai ao som da música. Soraia levanta esfregando os olhos como depois de um sonho.)
DESLIGA MÚSICA DO ANJO
SORAIA: __ Não acredito que ainda tive tempo para cochilar e sonhar com tanta coisa pra fazer.
(Se volta aos afazeres.)
(Vendedores entram com folhetos de propaganda. Pai volta com os filhos.)
RICARDO (para diante dos filhos e fala): __ Olha, eu chamei vocês pra sair, mas era um pretexto para escolhermos um presente pra mãe de vocês. Domingo é o dia dela. O que vocês acham?
FILHOS (juntos): __ Excelente, papai? E o que vamos comprar?
VENDEDOR 1: __ O presente que a mamãe vai adorar, tá aqui. E o melhor: você só começa a pagar daqui a sessenta dias. TV’s, geladeiras, fogões, celulares, armários...

(É interrompido pelo outro vendedor.)
VENDEDOR 2: __ Procurando presente pra mamãe, minha gente? Então é aqui. Quer ver a mamãe cheirosinha e bonitinha? Leve produtos da Água de Flor: desodorantes, colônias, sabonetes... e o melhor pode dividir até 3 vezes no cartão sem juros.
RICARDO (se vira pras crianças): __ E aí, crianças: eletrodoméstico ou perfume?
(As crianças se entreolham, na dúvida.)
JULIANA: __ Pai, tenho uma idéia melhor. A mamãe já tem tudo isso...
RICARDO: __ Que idéia, Juliana?
JULIANA: __ Venham cá. Vou mostrar a vocês.
(Eles acompanham Juliana. Os vendedores saem logo depois. Juliana entrega uma caixa ao pai.)
MÚSICA DE MÃE
(Música de mãe ao fundo. Eles voltam. Encontram a mãe às voltas com o jantar.)
JÚLIA: __ Mãe, venha cá. Temos algo muito importante para lhe falar. Por favor, sente-se.
(A mãe senta-se.)
JÚLIA (Fica sentada no palco e sempre antes de entrar as outras crianças, repetirá a fala: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
(Cada criança fala e senta-se no palco em ordem.)
JULIANA: (Entra com panela e fala.) :__ ...porque ela se preocupa com a nossa alimentação!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
PEDRO (Entra com caixa de remédios e fala.) __ ... porque ela fica muito preocupada e acordada a noite toda quando eu fico doente!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
FABIANA (Entra com marcas de beijos no rosto e fala.) – ...porque muitas vezes ela mostra o seu carinho me abraçando e me beijando!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
HENRIQUE (Entra com caderno e lancheira e fala.) – ... porque ela está sempre preocupada com o meu desenvolvimento na escola.
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
CARLA (Entra com marca de mão no bumbum, com cara de dor e fala.) – ... porque sempre que faço alguma coisa errada ela me corrige e, às vezes, fico até de castigo!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
ALBERTO: (Entra com toalha e shampoo e fala.) – ... porque ela está sempre cuidando para que eu fique bonitinho.
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
RAFAELA (Entra com boneca e fala.) – ...porque ela sempre separa um tempo para brincarmos juntos!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
BIANCA (Entra com as mãos juntas, em sentido de oração... e fala.) – ...porque ela nunca se esquece de mim em suas orações!
JÚLIA: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da mamãe...
RENATA (Entra com a Bíblia aberta nas mãos... e fala.) – ...porque ela se preocupa em dar o melhor para o meu crescimento: os ensinos da Palavra de Deus!
Todas as crianças repetem juntas e bem forte: – Eu sei que tenho um lugar especial no coração da minha mamãe... e ela tem um lugar mais especial ainda em nossos corações. E sabe por que, mamãe: nós te amamos muito!
FIM DA MÚSICA MÃE
RICARDO (para Soraia mas também para todas as mães): __ Mulher, nós reconhecemos que sem você não seríamos nada. Tudo que somos e temos devemos a Deus que criou você. Obrigado por aceitar a missão que Ele lhe deu.
(Ricardo e os filhos começam a cantar.)
FUNDO MUSICAL É POR VOCÊ QUE CANTO. ALUNOS CANTAM A MÚSICA E FAZEM GESTOS.


(Ao terminar de cantar, Ricardo entrega a Soraia uma caixa que ela abre alegre.)
SORAIA: __ Obrigado! Este é um presente que quero dividir com todas as mães aqui presentes.
(Ela tira uma faixa que Ricardo ajuda a desenrolar. Mostram a todas as mães: TE AMAMOS, MÃE!

21 de abr. de 2011

Teatro em comemoração ao Dia do Livro

Nesta quarta, dia 20 de abril, a turma do 5º Ano do Prof. Rogério apresentou durante a Hora Cívica realizada na Escola a peça "O tesouro da Emília". Confira a peça e descubra também qual é o tesouro que a Emília encontrou. A filmagem é do aluno Paulo Ricardo que tremeu um pouquinho.

1ª Parte: O tesouro da Emília (Prof. Rogério Trindade)

(Pedrinho e Narizinho estão na sala brincando de jogar pedrinha, quando entra Emília, toda afobada.)
PEDRINHO: Quê isso, menina? Por que toda essa afobação?
NARIZINHO: É mesmo? Tá com cara de quem viu fantasma!
EMÍLIA (com a mão no coração): Se existe fantasma, eu não sei! Mas acabei de encontrar um tesouro!
PEDRINHO E NARIZINHO (juntos): Um tesouro?!
EMÍLIA (fazendo sinal de silêncio): Psiu!!! Falem baixo! Então querem que todos saibam do meu tesouro?
PEDRINHO: Que tesouro é esse, boneca?
NARIZINHO: Com certeza, está aprontando mais uma das suas, não é Emília?
EMÍLIA: Estão duvidando de mim? Então esperem um pouco.
(Emilia sai e volta com um baú nas mãos, desconfiada, com medo de que alguém veja.)
PEDRINHO: É só um baú!!! O que tem de mais?
EMÍLIA: Está muito bem trancado! Logo só pode ser um tesouro com algo muito valioso.
NARIZINHO (curiosa e gesticulando): Então vamos abrir logo!
(Emília faz que sim com a cabeça e Pedrinho pega uma chave de fenda para abrir o baú.)
EMÍLIA: Olha, lá! Com cuidado para não estragar nem uma moedinha!
(Pedrinho faz força e o baú se abre. Eles olham dentro,menos a Emília. Pedrinho e Narizinho quase caem de susto.)
PEDRINHO E NARIZINHO (juntos): Um l...?!
(Emília os interrompe). EMÍLIA: Shhhhhhhhhhhhhhh.... não vão contar pra todo mundo, né?
NARIZINHO: Emília, você encontrou mesmo um tesouro. Mas ele pertence a todos.
EMÍLIA (revoltada): Ora, essa! Eu encontro meu tesouro e agora vou ter de dividir com os outros?
PEDRINHO (tirando o livro de dentro do baú): Veja só, Emília! Que lindo tesouro você encontrou!
(Desta vez, quem quase cai para trás é Emília)
EMÍLIA: O quêeeeeeeeeeeeee?! E eu pensando que era algo muito valioso!
NARIZINHO: Mas todo livro é mesmo um tesouro, Emília, e deve ser dividido com todos.
EMÍLIA (espantada): Agora querem rasgar o livro!!!
PEDRINHO: Não, Emília! Significa que ele tem de ser compartilhado. (Pega o livro e entrega a Emília). Vamos, escolha uma história!
(Emília abre o livro. Abrem-se as cortinas e começa a 2ª Parte: Teatro de fantoches. Os três se sentam.)
2ª Parte: O palhacinho infeliz (Adaptado da internet)

BETO: Olá, Margarida!
MARGARIDA: Oi, Beto!
BETO: Você viu?
MARGARIDA: Você viu o quê, Beto?
BETO: Você viu o circo que chegou na cidade?
MARGARIDA: Eu não, mas vi um desfile com muita música e carro cheio de animais.
BETO: Foi o circo que chegou à cidade.
MARGARIDA: Beto, escuta só! Você está escutando alguém chorando? (ALGUÉM CHORA POR TRÁS DO CENÁRIO)
BETO: Estou, de onde vem este choro? Vamos ver? (BETO E MARGARIDA SE ABAIXAM, SAEM RAPIDAMENTE E ENTRA O PALHAÇO CHORANDO)
PALHAÇO: Buá! Buá! Buá!
(BETO E MARGARIDA FALAM JUNTOS: “UM PALHAÇO CHORANDO!”)
BETO: Oh, seu palhaço! Por que você está chorando?
MARGARIDA: Não sabia que palhaço chorava. Achava que só fazia palhaçadas.
BETO: O que houve?
MARGARIDA: É, vamos! Fala, o que houve?
PALHAÇO: Sabe o que é? Eu consigo fazer todo mundo feliz, mas eu sou tão triste. Por trás desta máscara, eu escondo a minha Infelicidade.
MARGARIDA: Acalme-se seu, seu...
PALHAÇO: Paçoca. Meu nome é Paçoca, todos me chamam assim.
MARGARIDA: Acalme-se, Paçoca, nós estamos aqui e queremos ajudá-Io.
BETO: Qual é o seu problema?
PAÇOCA: Ninguém pode me ajudar. Ainda mais vocês, crianças. Eu já fui ao médico, ele me deu remédios e não resolveu meu problema. Procurei um amigo, e todos estavam ocupados. Ninguém pode me ajudar!
BETO: Por que você está doente?
PAÇOCA: Não, não estou, tenho muita saúde
MARGARIDA: Está precisando de dinheiro?
PALHAÇO: Não, eu sou muito rico. Eu quero alegria e ninguém pode me dar nem ajudar. Se pelo menos eu pudesse comprar, mas nem isso posso. Olha que eu já procurei em tudo que é lugar.
BETO E MARGARIDA: Ah! Então é fácil!
PAÇOCA: Fácil, como fácil? Vocês sabem de alguma solução?
BETO: Puxa, eu estava pensando que fosse um problema grave.
PAÇOCA: É grave, pois faço as pessoas sorrirem, se divertirem e no entanto, por trás da minha máscara, sou tão infeliz.
BETO: É fácil, Paçoca, você só precisa descobrir uma pessoa muito especial.
PAÇOCA: E quem é essa pessoa tão especial.
BETO: Espere aqui que já vou apresentá-la a você.
(BETO SAI E VOLTA COM UM ESPELHO QUE ENTREGA A PAÇOCA QUE SE OLHA).
BETO: Está aqui a pessoa que pode fazer você feliz.
PAÇOCA: Ei, mas este sou eu!
MARGARIDA: É isso aí! Você é a pessoa que pode te fazer feliz. Você tem procurado a felicidade em outros lugares. E a felicidade não se compra em supermercados ou lojas. Ela está dentro de nós mesmos. É só procurar.
PAÇOCA: E não é que vocês têm razão? Já estou até me sentindo feliz! Obrigado, crianças! E não deixem de me ver no circo. Tchau!!!

3ª Parte: O tesouro da Emília (Prof. Rogério)
EMÍLIA: Agora entendi. Cada livro é mesmo um tesouro. Um tesouro que não pode ficar guardado.

PEDRINHO E NARIZINHO (juntos): É isso aí, Emília! Vamos cuidar de cada livro como se fosse um verdadeiro tesouro.
FIM





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