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18 de abr. de 2010

Dia Nacional do Livro Infantil

Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.

Personagens do Sítio

Monteiro Lobato desenvolveu 6 personagens fixos: Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Visconde e Emília. Junto com esses personagens aparecem envolvidos nas aventuras os personagens ocasionais. Todos eles são fundamentais e importantes para a criação desse universo infantil, sem haver diferenciação de importância para a narrativa. A autonomia dos personagens de Lobato é uma de suas marcas principais. Eles propõem os problemas e tarefas e eles próprios impõem as realizações e os objetivos a serem alcançados, ficando nos limites do possível de cada um. Os heróis buscam ser, realizar seus desejos e não o ter comprometido com o consumismo. O que se opõe aos heróis, o grande vilão do homem, não é um personagem e sim o desconhecido e o desafio de desvendá-lo. As aventuras vividas em grupo dependem da colaboração de cada personagem em especial, formam um grupo em prol de um mesmo objetivo. Cada um traz sua colaboração: Visconde oferece sua intelectualidade, Dona Benta a experiência de vida, Emília traz sua esperteza e assim por diante.

Narizinho
Lúcia, a menina do Narizinho arrebitado, mora com D. Benta. É descrita como uma menina inteligente e meiga. "Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipocas e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos" (apresentação da personagem em Reinações de Narizinho)

Pedrinho
Vive na cidade e escreve cartas à prima programando as aventuras de suas esperadas férias no Sítio. "Pedrinho não podia compreender férias passadas em outro lugar que não fosse no Sítio do Picapau Amarelo" (Viagem ao céu). Tão corajoso que não tinha nem medo de onça, curioso e com espírito aventureiro.

Dona Benta
Seu nome completo é D. Benta Encerrabodes de Oliveira. Avó ideal, divertida sem deixar de ser educadora. Inteligente e culta, enérgica e compreensiva, sensata e carinhosa, realista mas capaz de aceitar as mais fantásticas brincadeiras.

Tia Nastácia
Símbolo idealizado da raça negra, afetuosa e humilde. A habilidosa senhora vive fazendo o sinal da cruz e dizendo para tudo: "Credo!"
Alguns chamam Lobato de racista por criar essa personagem preta e ignorante. Entretanto, dentro do universo literário, não há preconceito racial, uma vez que Tia Nastácia é respeitada e querida por todos, apesar de ter seu lugar delimitado.

Visconde de Sabugosa
Foi criado pelas hábeis mãos de Tia Nastácia, a partir de um sabugo de milho. O pavor dele são as galinhas, por ter tomado umas bicadelas nos botões de sua casaca. Pegou bolor e morreu, mas Emília guardou o sabugo e Tia Nastácia fez outro novinho. Obediência servil aos mandos de Emília, que não respeita sua sabedoria e nobreza. Uma representação da crítica ao adulto culto e professoral.

Emília
Também veio das mãos de Tia Nastácia. Não falava como qualquer boneca, mas engoliu uma pílula falante dada pelo Dr. Caramujo e abriu a torneirinha.
Única personagem que evolui no universo lobatiano, sendo fundamental para a sua compreensão. A boneca mostra-se como um protótipo mirim do super-homem e representa os desmandos capitalistas (ela ordena).
Com sua vontade de domínio e exacerbado individualismo, é obstinada em conseguir as coisas e mantém seu ponto de vista ou opinião. Transbordam seu espírito de liderança e a curiosidade aberta. Por ser boneca e não gente, pode apresentar todos os pecados infantis: malcriação, egoísmo infantil, rebeldia, birra, teimosia, interesse e certa maldade ingênua.

Um comentário:

  1. Estou adorando ser sua aluna.Estou aprendendo muitas cosas novas. LAURA

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