O candidato à reeleição pelo PSDB, governador Antonio Anastasia, atribuiu ao governo do presidente Lula a responsabilidade pela não realização de importantes obras de infraestrutura em Minas Gerais. A afirmação foi dada em entrevista no portal http://www.noticias.terra.com.br/. Confira a entrevista na íntegra em: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4628666-EI15328,00-Faltou+vontade+politica+ao+governo+federal+diz+Anastasia.html . Com relação à Educação, o tucano nos saiu com essa:
Educação
"Alvo do adversário Hélio Costa principalmente pela política salarial adotada por ele e pelo antecessor Aécio Neves no governo, Anastasia afirmou que Educação sempre foi sua prioridade. "Ninguém mais do que eu quer remunerar bem os professores. Mas o Estado tem os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. E estamos no limite dela". O candidato ainda destacou que foi aprovada uma lei este ano melhorando o salário da categoria e "cortando penduricalhos".
Na mesma linha de plataforma da área de Ensino, o tucano prometeu, se eleito, criar o programa "professor da família". A proposta é ter professores nas casas das pessoas, dando assistência aos alunos também fora da escola." (Trecho transcrito do site http://www.noticias.terra.com.br/)
Acontece que o tal "professor da família" já é um projeto existente em Taboão da Serra (SP). Copiou? E lá, cada educador recebe R$ 35,00 (trinta e cinco reais) por visita de 01(uma) hora à família. Bem mais do que recebe um professor mineiro por um dia inteiro de trabalho. Outro fato: onde nosso governador pretende arrumar tantos professores se os que não estão saindo por aposentadoria, o fazem por motivo de doenças, ou têm que se desdobrar em 2 ou 3 escolas?! Dê uma olhada nas escolas estaduais mineiras: a cada dia que passa aumenta o número de substitutos, quase sempre "marinheiros de primeira viagem". Mais: se não há recursos para aumentar o salário dos que já se encontram, de onde sairão tais recursos?! De sua cartola mágica? Copiou, tem de copiar direito, não é mesmo? Caso queira conferir o projeto "professor da família" que JÁ EXISTE em Taboão da Serra, lá vai o texto e o link:
Revista Carta na Escola, Edição 23
Professor da família
Em Taboão da Serra, visita de educadores à casa dos alunos ajuda a diminuir o número de repetência e a evasão na rede municipal
Por Livia Perozim
Foi batendo à porta da casa dos seus alunos que a professora Josefina Reis pôde entender determinadas atitudes, dificuldades de relacionamento e aprendizado que eles apresentavam. Essas visitas passaram a ser uma importante ferramenta de trabalho. Ao entrar no ambiente doméstico em que vivem os 32 alunos, crianças de 4 e 5 anos que compuseram a turma da professora em 2007, Jô, como é chamada pelas colegas, conheceu a estrutura familiar dos estudantes, o bairro onde vivem e o lugar em que estudam e brincam. Passou assim a integrar o time de 400 professores-visitadores do Programa Interação Família e Escola, da prefeitura de Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo. Desde 2005, eles visitaram 14 mil famílias e muitos resultados já podem ser comemorados: além da maior aproximação entre a família e a escola, com as visitas, os índices de repetência e evasão diminuíram 40%. Jô dá aulas na Escola Municipal de Educação Infantil Emília, que aderiu ao programa em junho de 2007. Como trabalha também em outra escola, só tem livre o período da noite para conversar com pais, avós ou o responsável pelas crianças. As suas visitas duram, em média, uma hora e a professora recebe 35 reais pela visita. Assim como ela, as outras 15 professoras da escola também vão à casa dos alunos. Juntas, visitaram, no último ano, metade dos 512 estudantes da escola. A proposta do programa é que cada aluno seja visitado uma vez por ano, com encontros que começam em junho e vão até novembro.
Com um novo olhar sobre as origens e hábitos do aluno e da sua família, os professores relatam o que identificam em cada casa e discutem com os demais educadores e a direção da escola, se for o caso, em busca de solução aos problemas que aparecem. “O itinerário da informação colhida nas visitas é muito importante para que o trabalho não se perca”, explica Márcia Santos da Silva Penha, coordenadora do programa na Emei Emília. Em casos de identificação de violência ou algum tipo de abuso, o procedimento é o mesmo orientado na escola: o professor aciona as autoridades responsáveis. Se houver algum caso mais complicado ligado ao desempenho do aluno na escola ou se a mãe quiser, segundo Márcia, os professores retornam às casas. Ela mesma, além de visitar as crianças, pode acompanhar a visita dos outros professores. Foi o que fez na casa de Leandro, quando CartaCapital foi até lá com Jô, para saber o que a família dele tinha achado da visita. “Foi uma conversa boa. O Leandro é um bom aluno”, contou a mãe do garoto, Jeane dos Santos Lobo Silva, que já conhecia a professora do filho. Mas quem gostou mesmo da visita, lembra, foi a avó de Leandro: “Ela gostou de conhecer a professora e falar das coisas que o neto faz em casa”.
Como manda a boa etiqueta, Jô deu de presente à família o livro Iracema, de José de Alencar, uma prática que também é realizada por outros professores do programa. A cada visita, a família ganha um livro. Antes de ir a campo, os professores recebem algumas orientações e sugestões de perguntas para a entrevista. Entre as características a serem observadas, estão as condições de moradia, a estrutura da família, as crenças religiosas e até a presença ou não de bichos de estimação. E as perguntas sugeridas focam a interferência da família na rotina dos alunos. O programa exige mais do professor. E da família também, que é convidada a participar da educação que o filho recebe na escola. Segundo a coordenadora do programa na prefeitura, Andréa Tavares Marques, os professores participam de um curso preparatório para fazer as entrevistas e entender como as observações das visitas e as respostas dadas podem ajudar o aluno pedagogicamente. “O professor não vai lá para bisbilhotar. Quando ele observa, por exemplo, que o aluno não tem onde brincar, ele entende a sua agitação e sugere à mãe que reserve a ele um horário do dia para isso. São sugestões. Não há imposição de nada”, reforça Andréa.
O mais comum, de acordo com Andréa, são casos de arranjos familiares que interferem no desempenho do aluno: “Mesmo que a família não seja a tradicional, e a maioria delas não é, a criança e o adolescente precisam ter uma referência dentro de casa. É isso que explicamos a eles”. Aceitar a visita do professor não é uma obrigação. Os professores enviam, pelos alunos, uma cartinha perguntando aos pais se gostariam de recebê-los e qual seria o melhor horário e dia para conversarem. Como muitos pais trabalham o dia todo e muitos professores dão aula em mais de uma escola, nem sempre é possível atender a todos.
Tinha que ser o Anastasia pra copiar um programa deste para Minas com o salário vergonhoso que paga aos seus professores. Uma promessa descabida, já que todos sabemos que estão faltando professores e a culpa são dos baixos salários. Vamos cair na real, Anastasia.
ResponderExcluirAna - BH