A grande inovação ficava com o Tribunal de Arbitragem. Nele, qualquer um - funcionário, moradores e o próprio Korczak - podia ser julgado por um ato inadequado, como bater, ofender alguém. Foi a forma que encontrou para fazer com que os combinados entre adultos e crianças realmente valessem. "Hoje em dia, muitas vezes propomos algo aos alunos que não oferece espaço para opinarem. É o que acontece quando eu digo ' vamos combinar que ninguém pode brincar no corredor'", diz Ana Carolina. As crenças do polonês incluíam o direito ao erro infantil, que, segundo ele, era de dois tipos. Um é não corresponder à vontade dos adultos." Existe nas pessoas, de modo geral, a tendência de se colocarem como modelos ou fontes de sabedoria (...). Tudo o que for diferente é erro e não percebem que o diferente pode ser nem pior nem melhor, apenas diferente. "O outro tipo de erro é o que realmente traz prejuízo. Nesses casos, ele defendia que os adultos deveriam alertar para que não houvesse reincidência. "Isso, porém, sem pretender que a criança seja um modelo de perfeição e deixando espaço para que faça suas experiências e sofra os resultados delas. " Korczak era contra imposições. Ele achava que cometer pequenos erros era um exercício de liberdade e de aprendizagem", diz Ana Carolina. Adaptado de: http://marcianogueira-psicologia.blogspot.com/2009/11/valorizando-importancia-dos-famosos.html.
Como forma de oferecer esse espaço de opinião e de aprendizagem é que se propõe construir, juntamente com os alunos, os famosos combinados de início de ano. O famoso texto "O vestido azul" mostrou-se para mim uma excelente oportunidade de construir com meus alunos os nossos combinados. Com a história, os alunos percebem que, com pequenos gestos, podemos obter grandes transformações, a exemplo da atitude do professor ao dar um vestido a uma menina pobre.
Além da interpretação de texto habitual que todos costumamos fazer com nossos alunos, podemos explorar:
- qual era a intenção do professor com o seu gesto?
- que mudanças provovou a atitude do professor: na mãe, no pai, no bairro?
- que atitudes podem melhorar o nosso ambiente, a sala de aula? (combinados)
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