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14 de abr. de 2010

Greve da Educação em Minas

Desde o dia 8 de abril, os trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais estão em greve. Em várias cidades as escolas estão paralisadas e a tendência é que o número de profissionais em greve aumente mais, tendo em vista que o governo mineiro insiste em afirmar que já está pagando o que a lei do piso estabelece. Quem é mais prejudicado diante dessa situação? Os alunos. O governo é claro tenta passar para a população um clima de normalidade. Esse clima de normalidade é aparente, pois os alunos ficam em casa enquanto perdem momentos de aprendizagem que podem ser decisivos para o futuro dos jovens.
Até quando a população vai fechar os olhos para uma situação que não pode continuar? Trata-se da valorização de uma carreira que é considerada a "mãe de todas as profissões". Se não, de onde saíram todos esses profissionais: médicos, dentistas, advogados, nutricionistas etc, etc... Com certeza não foi de nenhum assento em uma Assembleia muito menos de uma cadeira dentro de algum Palácio. Está passando da hora de valorizar os profissionais da Educação, sair da fala e partir para a ação.

Entrevista: Qualidade da Educação

Entrevista com Rubens Barbosa de Camargo, especialista em políticas educacionais, sobre qualidade da Educação


"Salários melhores têm impacto direto
na atratividade e na permanência na
carreira. Gente  que gosta da profissão,
mas a deixou por dinheiro, deve voltar."
Especialista em políticas educacionais defende que o país precisa mais do que dobrar o volume de recursos destinado ao sistema de ensino
Muito tem se falado na desvalorização da profissão de professor e da falta de atratividade da carreira docente. Mas o que fazer para reverter esse quadro? Rubens Barbosa de Camargo, especialista em gestão de sistemas e escolas, análise de políticas educacionais e financiamento público da Educação e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), acredita que a solução passa, necessariamente, pela ampliação dos recursos. "O salário tem impacto direto na qualidade", diz. "Salários melhores aumentam a atratividade e a permanência na carreira. Gente que gosta da profissão, mas a deixou por dinheiro, deve voltar." Com a experiência de ter sido secretário de Educação de dois municípios paulistas, Camargo defende que a determinação de reservar um terço do tempo de trabalho para atividades extraclasse é o maior destaque da chamada Lei do Piso, pois "terá grande impacto na qualidade da Educação e em termos de prestígio profissional". Nesta conversa com NOVA ESCOLA, ele aborda outros temas importantes e polêmicos, como o próprio piso salarial, as avaliações externas e a qualidade do ensino nas escolas públicas.
 

Recente pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita revela que os jovens não consideram a carreira docente uma boa opção. Como chegamos a essa situação?


RUBENS BARBOSA DE CAMARGO Basta lembrar alguns aspectos da nossa história. Na praça da República, no centro de São Paulo, foi erguida uma das primeiras escolas do século 20, onde hoje funciona a Secretaria de Estado da Educação. Sua arquitetura é linda e muitos a chamam de Palácio da Educação. Ela possuía auditório e laboratório e oferecia ótimas condições de atendimento aos estudantes. Existiram várias outras unidades como essa em todo o país, que tentavam demonstrar que, com a República, a escola pública de qualidade era a chave para a evolução da nação. Com o processo de industrialização e de forte urbanização, houve uma mudança no padrão de construção. Surgiram os "escolões", às vezes, para 5 mil jovens. Em meados do século passado, a relação aluno/professor e os recursos financeiros aplicados nos sistemas públicos já eram bem menores. Nos anos 1990, chegamos a ter escolas de lata! Em paralelo, os salários se degradaram, à medida que o ensino começou a ser universalizado. Isso se explica porque nunca tivemos um processo de expansão da escola pública pensado como um instrumento de nação, de identidade nacional - como ocorreu nos países desenvolvidos (Inglaterra, França e outros) e também em vizinhos (Argentina e Chile), que conseguiram manter o padrão de atendimento mesmo com muito mais estudantes incorporados ao sistema.

Ampliar o volume de investimentos pode trazer melhorias diretas na qualidade do ensino?


CAMARGO Creio que sim. Sem dúvida, essa é a medida que pode ter mais impacto no curto prazo. Salários melhores têm impacto direto na atratividade e na permanência na carreira. Gente que gosta da profissão, mas a deixou por questões financeiras, deve retornar. Ao investir mais, é possível atrair os bons alunos do Ensino Médio e construir uma carreira mais atrativa. Há muitos países que têm como política de estado atrair os melhores jovens para a Educação. Com isso, garantem a preservação da ideia de nação, de sociedade, de futuro, de cultura etc.

Que outros fatores são necessários para provocar uma melhora nas condições de trabalho e na qualificação de nossos professores?


CAMARGO O professor é uma condição essencial para garantir a qualidade da Educação. Por isso, ele precisa de jornada justa, boa remuneração, bibliotecas, vídeos, computadores, quadras e formação permanente. Ninguém pode parar no tempo. Com boas condições, a qualidade evolui. Além disso, é fundamental criar uma visão mais dinâmica da escola, perceber que o aluno aprende o tempo todo e, por isso, não só o professor é essencial - também o diretor, o coordenador, a merendeira, o vigia e todos os funcionários educam. Infelizmente, porém, poucos têm consciência disso.

A chamada Lei do Piso ajuda na valorização dos professores?


CAMARGO A aprovação da Lei 11.738 é uma vitória importante dos trabalhadores em Educação. É uma bandeira muito antiga. O Fundef, ao destinar no mínimo 60% dos recursos para pessoal, havia contribuído para melhorar os salários em muitos estados, principalmente no Norte e no Nordeste. Mas o ponto mais relevante da lei, seu grande mérito, é destinar um terço do tempo de trabalho para atividades extraclasse - preparar aulas, participar de atividades de formação continuada, corrigir provas, atender a comunidade. Precisamos entender que o trabalho do professor não se restringe ao momento em que está com os alunos. Essa medida certamente terá muito impacto na aprendizagem. Porém ela também impacta a folha de pagamento e é por isso que cinco estados foram ao Supremo Tribunal Federal com uma ação de inconstitucionalidade da lei. O que nos leva, de novo, à questão central: se a Educação é um valor, uma prioridade, é preciso investir, certo?

É possível acreditar num salto de qualidade em nossa Educação?


CAMARGO Só quando tivermos recursos suficientes destinados às redes públicas de ensino e quando a sociedade participar mais, acompanhando o que ocorre dentro das escolas, tanto as públicas como as particulares. A presença da sociedade civil é fundamental, assim como dar voz a todos os profissionais da Educação, não somente aos professores. Precisamos desenvolver planos de carreira que sejam atraentes para todos os cargos. Estamos caminhando a passos muito tímidos para isso, mas estamos. Quando o governo federal estima em 7 bilhões de reais a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para este ano, temos de celebrar, pois isso significa um aporte de recursos nunca visto antes. Outra questão fundamental, a meu ver, é a manutenção do salário Educação, que neste ano deve alcançar 8 bilhões de reais. Em alguns lugares do Brasil, já vemos um envolvimento maior da comunidade e muitos gestores mais bem preparados para o exercício de suas funções. Vemos que a atuação de alguns conselhos de escolas e de Educação faz com que as coisas andem melhor. Os caminhos já foram apontados e estamos dando os passos, ainda lentos, para concretizar aquilo que está previsto na Constituição de 1988. Antes tarde do que nunca.

Veja entrevista completa em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/entrevista-rubens-barbosa-camargo-especialista-politicas-educacionais-qualidade-educacao-546806.shtml

4 de abr. de 2010

A Páscoa

A festa da Páscoa
Para entendermos a Páscoa cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem na festa judaica de mesmo nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28). Por essa festa, a mais importante do calendário judaico, o povo celebra o fato histórico de sua libertação da escravidão do Egito acontecido há 3.275 anos, cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do Sinai.
O evento ÊXODO/SINAI compreende a libertação do Egito, a caminhada pelo deserto e a aliança no monte Sinai (sintetizado nos dez mandamentos dado a Moisés). De evento histórico se torna evento de fé. A passagem do mar vermelho foi lembrada como Páscoa e ficou como um marco na história do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sempre foi comemorada com um rito todo particular.
Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães ázimos (sem fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26-27; Dt 12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egito (forma pela qual tal fato era passado de geração em geração – Ex 12.42; 13.2-8).
Essa celebração ganhou também dimensão futura com o passar do tempo. E quando novamente dominados por estrangeiros, celebravam a Páscoa lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperança de uma nova libertação, última e definitiva, quando toda escravidão seria vencida, e haveria o começo de um mundo novo há muito tempo prometido.
A celebração da Páscoa reunia três realidades distintas:
uma realidade do passado: o acontecimento histórico da libertação do Egito quando Israel tornou-se o povo de Deus;
uma realidade do presente: a memória ritual (=celebração) do fato passado levava o israelita a ter consciência de ser um ‘libertado’ de Javé (=Deus), não somente os antepassados, mas o sujeito de hoje (Dt 5.4);
uma realidade futura: a libertação do Egito era símbolo de uma futura e definitiva libertação do povo de toda a escravidão. Libertação esta que seria a nova Páscoa, marcando o fim de uma situação de pecado e o começo de uma nova era.
Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.
A nova Páscoa não era uma libertação política do poder dos romanos, como os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reino de Deus transcende o aspecto político, histórico e geográfico.
Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com sacrifício do cordeiro e alimentando-nos com pães sem fermento, pois Cristo se deu em sacrifício uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como cordeiro pascal, como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.

Os símbolos da Páscoa
Nas últimas cinco décadas a humanidade se transformou. O capitalismo tomou conta do mundo e transformou tudo (ou quase tudo) em fonte de capital, de lucro, de consumo. Assim as festas - grande parte de caráter religioso - se tornaram ocasião de um consumo maior. Entre elas temos o Natal, Páscoa, dia das mães, dia dos pais e até o dia das crianças.
Com a profanização, esses eventos perderam seus sentidos originais, humanos, familiares e religiosos. E hoje a riqueza simbólica das celebrações muitas vezes não passa de coisas engraçadas, incomuns e sem sentido. Por isso, o propósito deste artigo é tentar resgatar um pouco o sentido das coisas, das festas e celebrações e, simultaneamente, refletir sobre o sentido da vida humana.
Não pretendemos estudar profundamente todos os símbolos da Páscoa cristã, mas mostrar o sentido cristão de alguns deles.

Os ovos de páscoa
Na antigüidade os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.
Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. A própria natureza, nestes países, renascia florida e verdejante após um rigoroso inverno.
Em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos.
Antigamente, me lembro, há mais de 20 anos, o costume era enfeitar e pintar ovos de galinha, sem gema e clara, e recheá-los com amendoim revestido com açúcar e chocolate. Os ovos de Páscoa, como conhecemos hoje (de chocolate), era produto caro e pouco abundante.
De qualquer forma o ovo em si simboliza a vida imanente, oculta, misteriosa que está por desabrochar.
A Páscoa é a festa magna da cristandade e por ela celebramos a ressurreição de Jesus, sua vitória, sua morte e a desesperança (Rm 6.9). É a festa da nova vida, a vida em Cristo ressuscitado. Por Cristo somos participantes dessa nova vida (Rm 6.5).

O chocolate
Essa história tem seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
Na Europa aparece a partir do século XVI, tornando-se popular rapidamente. Era uma mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. O chocolate, na história, foi consumido como bebida. Era considerado como alimento afrodisíaco e dava vigor. Por isso, era reservado, em muitos lugares, aos governantes e soldados. Os bombons e ovos, como conhecemos, surgem no século XX.

Os coelhos
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida para as Américas pelos imigrantes alemães em meados do século 18. O coelho visitava as crianças e escondiam os ovinhos para que elas os procurassem.
No antigo Egito o coelho simbolizava o nascimento, a vida. Em outros pontos da terra era símbolo da fertilidade, pelo grande número de filhotes que nasciam.
Eles também têm a ver com a vida, mas à abundância da vida, inesgotável, de se multiplicar sem se esgotar. Qual a relação disso com os coelhos?
Cristo, para o cristianismo, é essa Vida Nova, inesgotável e abundante.
A liturgia do Sábado Santo e do Domingo da Páscoa está repleta de símbolos. Vejamos alguns deles:

O fogo
No Sábado Santo a celebração é iniciada com a bênção do fogo, chamado de "fogo novo". Os agricultores, desprovidos de tecnologia e de conhecimento, utilizam o fogo, uma técnica milenar e primitiva, para limpar o terreno que será destinado ao plantio. Nesse caso o fogo limpa aquele espaço do mato das ervas daninhas e de tudo aquilo que prejudica ou é obstáculo para o plantio. Em grandes incêndios florestais o fogo aparece como uma força destruidora e às vezes incontrolável e invencível, como aconteceu recentemente nos Estados Unidos e Grécia.
Na liturgia, Cristo é esse fogo que veio limpar o mundo do pecado, da desesperança, do ódio pregando e instaurando o Reino de Deus (Mt 3.11; Mt 13.40; Lc 12.49; Hb 12.29).
A Sua ressurreição mostra que Ele destruiu até a morte, o grande medo humano. O pecado foi vencido pela graça de sermos filhos de Deus, templos de Deus (Gl 4.7; Rm 8.14). O ser "imagem e semelhança de Deus" descrito na criação, conforme o livro do Gênesis (Gn 1.26), foi restaurado por Ele. A esperança por um mundo novo, justo e solidário foi reacendida.

A Água
Em nossa vida diária, utilizamos esse bem precioso para matar nossa sede, para limpar de nosso corpo a sujeira e suor, para fazermos comida e para limpeza doméstica. A água é também alimento principal das plantas e meio de vida dos animais aquáticos. Ela também pode ser sinônimo de destruição, como acontece nas grandes enchentes.
Para o cristianismo: Cristo é a verdadeira Água (Jo 4,9-15); a Água da vida que livra para sempre o homem do egoísmo e da maldade, desde que ele queira beber dessa Água; a morte e ressurreição de Jesus destruiu para sempre a incerteza do futuro e própria morte trazendo à humanidade o verdadeiro sentido da vida.
O batismo é a resposta do ser humano à proposta de Deus. Por isso após a bênção da água se realiza a renovação das promessas batismais (Rm 6.1-11).
A aspersão do povo com água benta simboliza a nossa disposição em nos limpar de tudo aquilo que fere e prejudica o outro.

O Cordeiro
O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.
No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

Óleos Santos
Na antigüidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.

Pão e vinho
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

O porquê da Páscoa não ser no mesmo dia todo ano?
A origem é a Páscoa dos judeus, comemorada sempre no domingo da primeira lua cheia da primavera (outono para nós do hemisfério sul). Isso ocorre entre 22 de março e 24 de abril.

Conclusão
Para nós, os cristãos, o centro de nossa fé será sempre Cristo que morreu e ressuscitou para nos mostrar que o Reino de Deus pregado por Ele está presente e vivo entre nós. A utopia de um mundo irmão, de paz e solidariedade é possível e é esse Reino. A vida, a morte e a ressurreição de Jesus são a concretização dessa utopia (Lc 17.21; Lc 21.28-33).
A partir desses pressupostos todos os símbolos são fáceis de serem entendidos.

2 de abr. de 2010

Presidente Lula e ministro da Educação defendem Piso e Carreira na Conae

O presidente Lula anunciou que vai pessoalmente conversar com os governadores que não pagam o Piso Salarial Nacional dos profissionais de educação. Foi durante a Conferência Nacional de Educação (Conae). Numa defesa contundente de reivindicações históricas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Lula afirmou que “o casamento entre educação de qualidade e valorização do professor têm que ser indissolúvel”. O presidente lamentou que alguns estados ainda não paguem o Piso e se dispôs a falar com os governadores, atendendo a uma sugestão feita pelo ministro da educação, Fernando Haddad, também durante a Conae. “Terminou o tempo de tratar as professoras como normalistas ou professorinhas. Esse sonho acabou. Os professores tiveram a profissão sucateada e mal tratada. A remuneração faz parte da qualidade da educação e eu não me conformo que um Piso de R$ 1,020,00 é bom para um educador que toma conta de nossos filhos”, lamen tou o presidente. O ministro Haddad sugeriu ao presidente que adote em relação ao Piso a mesma postura que teve com o salário mínimo e “reúna governadores, prefeitos e entidades como a CNTE para fixar metas para recompor a remuneração dos educadores”, disse Haddad.
Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o fato de o presidente Lula ter se comprometido em conversar com os governadores demonstra a importância que o Piso tem. “O presidente reconheceu que os professores ganham mal. Ele se dispôs a construir um processo de debate e esse é um peso muito importante e eu espero que a gente consiga avançar na implantação efetiva do Piso”, afirmou.
Leão destacou que ainda há uma divergência entre os valores que o governo reconhece para o Piso (R$ 1,020,00) e o defendido pela CNTE (R$1,3 mil). “Mas isso faz part e do debate. Só não aceitamos desvincular o Piso do Fundeb. Mas a CNTE tem sempre disposição em discutir”, disse. O ministro Haddad lamentou que a baixa remuneração dos professores esteja afastando os jovens da carreira de magistério. “Se quisermos que a educação seja prioridade número um no país, temos que contar com o trabalhador em educação”, concluiu Haddad.

1 de abr. de 2010

Atividade com Conto em sala de aula

Trabalhamos neste mês de março uma série de contos. São contos de fadas, de mistério, de terror, engraçados...  Veja alguns e os pontos abordados:
O MÉDICO-FANTASMA
Este conto introduziu o estudo ao gênero que desenvolvemos na sala de aula. Vários aspectos foram trabalhados como:

  • as emoções que o conto desperta no leitor;

  • a adequação do título à história;

  •  as características dadas ao lugar, bem como às personagens;

  • importância dessas características para o desenvolvimento do conto;

  • significado de expressões como, por exemplo, "o silêncio era profundo";

  • as características do conto como: tipo de narrativa, descrição de personagens, conflito (clímax) e desfecho.
A BELA FERA


Este é um conto de fadas muito conhecido pelas crianças seja através da leitura ou do filme. Aqui os alunos puderam relacionar as características físicas e psicológicas do personagem (Fera) ao título do conto (A Bela Fera). Identificaram, também, alguns conflitos presentes no conto, bem como caracterizaram os personagens como provocadores ou solucionadores de conflitos. A seguir, puderam também relacionar a história a provérbios populares como "Quem ama o feio, bonito lhe parece" e "As aparências enganam". Tema relacionado "Bulling". Como atividade de Produção de Texto, os alunos foram convidados a criarem um novo problema para complicar outra vez a história e uma solução capaz de surpreender o leitor. O resultado foi mesmo surpreendente!

RECADO DE FANTASMA
Neste conto, os alunos identificam o narrador-personagem, oportunidade para aprenderem escrever texto em 1ª pessoa, e a relação de um parágrafo ao parágrafo anterior. Na atividade de Produção de Texto, eles continuam a história relacionando os fatos seguintes com os que já aconteceram no texto.

Antes de ler o conto, os alunos são convidados a fazer previsões sobre a história a partir do título. Com isto, percebem a importância de o título "fisgar" o leitor. As características do lugar e das personagens também foram trabalhadas.


Veja outras atividades com contos desenvolvidas clicando nos links abaixo:

Educação mineira: 8º pior salário do país!!!

Revoada pelo Piso

Educadores de todo o país, que estão em Brasília para participar da Conferencia Nacional de Educação, Conae, participam nesta quinta-feira (1/4) de ato em defesa do Piso Salarial Nacional dos professores e do Planto de carreira. O último dia da Conferência Nacional de Educação, Conae, será marcada por um grande ato público promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, CNTE, em defesa do Piso Nacional para os professores e pela valorização do profissional da área. A manifestação acontecerá ao meio-dia (12h) em frente ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contará com a presença de educadores de todo o país. Haverá revoada de balões para simbolizar que as reivindicações do educador brasileiro não podem ficar no ar. O Piso é uma luta que une professores de todo o país.
Durante a toda a conferência ficou claro que a valorização do profissional não pode dispensar o Plano de Carreira e um Piso nacional justo. Para a CNTE é preciso que essa remuneração seja de pelo menos de R$ 1.312,85. É preciso acabar com as distorções salariais entre educadores de todo o país.
“O piso está aquém do que consideramos ideal, porém nem esse Piso está sendo pago pela imensa maioria de prefeitos e governadores brasileiros. Eles encontram muitos artifícios para dizer que pagam, mas não o fazem. É preciso que haja um imenso esforço do MEC e dos sindicatos para convencer prefeitos e governadores da importância desse Piso que é para construção de uma educação de qualidade. "Os educadores brasileiros precisam de um bom salário”, defende Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE. O Piso é um compromisso com a educação de qualidade e uma questão de respeito com mais de dois milhões de educadores. Por isso, no último dia de Conae, os educadores vão se unir em uma só voz pela melhoria na qualidade do ensino público por meio de profissionais remunerados de forma justa e com condições dignas de carreira.
Dia: 01/04/2010
Local: Centro de convenções Ulysses Guimarães
Horário: 12h (meio-dia)
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